sexta-feira, 28 de maio de 2010

ENCORAJAMENTO E SUPERAÇÃO



Enviado por Sérgio Macedo Ferreira


Poucas coisas ajudam tanto uma pessoa quanto o encorajamento. George M. Adams chamou-o de “oxigênio para a alma”. O filósofo e poeta alemão Johann Wolfgang von Goethe escreveu: “A correção faz muito, mas o encorajamento após a censura é como o sol depois da tempestade”. E William A. Ward revelou seus sentimentos quando disse: “Lisonjeie-me, e não acreditarei. Critique-me, e talvez não goste de você. Ignore-me, e talvez não lhe perdoe. Encoraje-me, e nunca lhe esquecerei”. (...)

Como é que a maioria das pessoas se
sente quando está perto de você?

Uma história maravilhosa sobre o cuidado e o encorajamento conta que havia um garoto chamado Tommy que passou por um período de muitas dificuldades na escola. Fazia continuamente muitas perguntas, não conseguia manter-se calado. Parecia que falhava cada vez que tentava fazer alguma coisa. Sua professora finalmente desistiu dele, e disse para sua mãe que ele não tinha condição de aprender e nunca alcançaria muitas coisas. Mas a mãe de Tommy era uma pessoa que cuidava de outras pessoas. Sabia encorajar. Ela acreditava nele. Ela passou a estudar com ele em casa, e a cada vez que ele falhava, ela lhe dava esperanças e encorajamento para continuar tentando.

O que aconteceu com Tommy?

Tornou-se um inventor com mais de mil inventos patenteados, incluindo a vitrola e a primeira lâmpada elétrica incandescente, comercialmente viável. Seu nome era Thomas Edison.

Quando as pessoas são encorajadas, é impossível prever o quão longe podem chegar. A falta de encorajamento pode impedir uma pessoa de viver uma vida saudável e produtiva. Mas quando a pessoa se sente encorajada, ela pode enfrentar o impossível e superar adversidades incríveis. E a pessoa que fornece o presente do encorajamento se torna aquela que faz diferença em sua vida.

Vou repetir, então, a pergunta do início do texto:

Como é que a maioria das pessoas se
sente quando está perto de você?

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Imagem: www.google.com .
 Acesso em: 28/maio/10.

quinta-feira, 13 de maio de 2010

A INCLUSÃO DA ESPIRITUALIDADE NA MEDICINA


Por Giovana Campos

Médica norte-americana conduz há mais de dez anos projetos de integração  entre espiritualidade e saúde com resultados satisfatórios.
    
A médica norte-americana Christina Puchalski promove, desde 1996, a inserção do componente espiritual no cuidado com o paciente. Esta ação fez dela uma personalidade reconhecida internacionalmente dentre os profissionais de saúde que enxergam a diferença proporcionada pelo atendimento espiritual. De origem católica, Dra Christina Puchalski é associada do Departamento de Medicina e Ciências do Cuidado da Saúde da Escola de Medicina da Universidade George, em Washington D.C, nos Estados Unidos. Ela também é fundadora e diretora do Instituto George Washington para Espiritualidade e Saúde (GWish), um centro que promove programas de pesquisa educacional e clínica para médicos e profissionais de saúde visando o papel da espiritualidade e saúde na medicina. Seu objetivo é ajudar a complementar sistemas de cuidados para pacientes e seus familiares.

        Dra. Puchalski completou sua graduação em Bioquímica e Mestrado em Biologia na Universidade de Los Angeles. Antes da escola médica, ela trabalhou como cientista adjunta na área de Bioquímica e Biologia Molecular no National Institutes of Health. Em 1996, ela recebeu o prêmio outorgado pela Fundação John Templeton pelo curso de medicina e espiritualidade em que lecionava na Escola de Medicina da Universidade George Washington. As pesquisas conduzidas pela Dra. Puchalski objetivavam o papel da espiritualidade no cuidado de saúde, especialmente em relação ao término da vida; assuntos pertinentes a cuidados paliativos; o papel do clero na saúde e no cuidado a pacientes terminais; e avaliação de programas de educação em espiritualidade e medicina. Suas publicações variam de pesquisas básicas em bioquímica a assuntos sobre espiritualidade e cuidados de saúde.

        A Espiritualidade é reconhecida como um fator que contribui para a saúde de muitas pessoas. O conceito de espiritualidade é encontrado em várias culturas e sociedades. Também é expresso como a busca individual pelo sentido religioso através da crença em Deus, família, racionalismo, humanismo e artes. Todos estes fatores podem influenciar como pacientes e profissionais de saúde percebem o binômio saúde – doença e como eles interagem um com o outro.

        O Instituto George Washington para Espiritualidade e Saúde (GWish) foi fundado em maio de 2001, como uma organização líder para a educação e assuntos clínicos relacionados a espiritualidade e saúde. Sob a direção da Dra Christina Puchalski, a instituição está mudando o paradigma do cuidado com a saúde através de programas inovadores para médicos e outros profissionais, incluindo membros religiosos. Este trabalho pioneiro tem um grande impacto na educação médica não apenas nas universidades americanas, mas também em nível internacional.

        A edição de 2001 do Jornal de Medicina Paliativa faz uma menção ao trabalho da Dra Puchalski, em um artigo que explora a intersecção entre espiritualidade e cuidado de saúde. Com o título, "Taking a Spiritual History Allows Clinicians to Understand Patients More Fully" (Levantar a história espirtual do paciente permite que os médicos entendam os pacientes integralmente), aparece no mesmo artigo uma entrevista direcionada aos médicos sobre como avaliar espiritualmente o paciente.

       O currículo da Dra. Christina Puchalski inclui várias apresentações em escolas médicas e conferências nacionais sobre espiritualidade e cuidados de saúde, cuidados paliativos, avaliação da espiritualidade do paciente e cursos curriculares de aprimoramento em medicina e espiritualidade. Seu trabalho já foi apresentado em várias emissoras e jornais americanos.

Os Benefícios Médicos da Fé

        Os médicos podem sentir-se seguros com a abordagem espiritual: uma análise de 42 estudos englobando mais de 125 mil pacientes foi publicada na edição de junho de 2000, da “Health Psychology”. O resultado apontou que todos os que tinham algum tipo de envolvimento religioso vivem mais – muito embora não tenha sido questionado se a longevidade decorre da fé ou do meio o qual o paciente está inserido.

         Mais de dois terços dos pacientes tratados pela Universidade de Pensilvânia, nos EUA, disseram que ao serem questionados sobre suas crenças, aumentava a confiança no médico, o que ficou relacionado a melhores resultados, de acordo com estudos. Puchalski ainda comenta que levantar a história spiritual não é sabatinar a afiliação religiosa do paciente. O objetivo é identificar o que é importante a um paciente e como estas crenças e valores podem atuar no modo pelo qual o paciente lida com a doença. E deve-se ficar claro que o médico não atua como pastor espiritual e sim, ter o propósito de abrir as portas para esta abordagem.

          Nos Estados Unidos, a conexão entre espiritualidade e a saúde atrai a atenção de muitas pessoas, estejam ela no meio cientifico ou não. As evidências positivas entre a relação religião e espiritualidade crescem exponencialmente. Muitas pesquisas surgiram nos últimos 20 anos para documentar os anseios dos pacientes em tratar assuntos espirituais com seus médicos. Outras pesquisas apontam que 75% dos americanos dizem que a religião tem papel fundamental em suas vidas, sendo que a grande maioria destes acredita que sua fé pode ajudá-los a se recuperar de suas doenças. Esta equivalência também aparece em pacientes com patologias oncológicas, que relataram mais conforto, com mais satisfação, felicidade e conseqüente diminuição da dor.

        A Dra Christina Puchalski estará presente no 2º Congresso Médico Espírita que acontece nos Estados Unidos e aborda a temática da fé e espiritualidade na medicina. É fundamental o conhecimento de que o país norte-americano que sedia o congresso está com a mentalidade aberta para os benefícios que surgem com a inserção de valores antes não incluídos à saúde. Hoje, mais de trinta cursos de Medicina nos EUA abordam a espiritualidade através de palestras e até mesmo de disciplinas obrigatórias no currículo acadêmico. A prática visa muito mais que apenas conhecer qual a religião do paciente: o objetivo maior é a cura da alma, através do conhecimento das crenças e de como a espiritualidade pode fazer parte de exames clínicos regulares.
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(Disponível em: < http://www.amebrasil.org.br/portal/?q=node/117 >. Acesso em:13/maio/10.)
Imagem: www.google.com. Acesso em: 12/novembro/2011.